segunda-feira, 27 de março de 2017

QUANDO ALGUÉM TE AMA DE VERDADE

        Quanto mais vivermos de episódios fracassados, ou tentando renovar estruturas sem solidez, sempre permaneceremos  ativando algo sem fundamento.
         O decorrer do tempo, o andar mais parado, do que seguindo, atiçou em mim o traquejo, a perícia para compreender o sentimento, através das atitudes.
          Alcançar um nível de interpretação do amor, requer reflexão do próprio agir.
          É claro que à afeição não se limita as análises, mas precisamos entender que as emoções geram ações que refletem o entusiasmo, a paixão, o envolvimento, enfim ninguém ama sem agir. Algumas pessoas atropelam - se na ânsia de expor o que sentem, dificilmente conseguem esconder.
        Portanto a maturidade me vez entender que o amor é complexo, presente, lutador e repleto de sonhos com a pessoa desejada.
         O ser humano depende de decisões, a omissão de um recomeço, aguardando a restauração do que mal foi construído, sinceramente, é perseguir um caminho tenebroso.
         O amor é para ser amado, vivido, curtido, não há nessa vida nada mais lindo e perfeito do que a cumplicidade do amor.
     

quarta-feira, 27 de abril de 2016

O AMOR SEMPRE NOS ENCONTRA

 
     
             

             A cada dia imaginamos que o amor pertence ao  mundo da ilusão.
             São decepções, dores que ferem nossa alma trazendo dentro de nós, a incerteza da felicidade.
            Caminhamos quilômetros de fantasias que se enroscam num pequeno fio de esperança, de que o tão sonhado e desconhecido sentimento, sobreviva aos ataques decorrentes das máscaras embutidas no coração do homem.
            É a defesa para não sofrer, que nos transforma em seres fugitivos, enlouquecidos pelo medo fugimos do que sentimos, massacramos o que queremos, desistimos do que nos assusta.
           Uma coisa é certa, o amor acha brechas mesmo que as paredes da alma cerquem o órgão da vida.
            O coração sobressalta, as pernas embalam a bagunça que o amor assalta na vida de quem não pensava amar.
            O amor nos encontra, nada o aprisiona quando ele que chegar.
             Ele é sempre assim dono de tudo que há e fim.

domingo, 3 de maio de 2015

A MORTE QUE GERA VIDA E A VIDA QUE GERA MORTE

      Meditando sobre a morte, compreendi a vida.
      Vivemos em busca de defender o que nos pertence, seja um marido, um filho, os pais, enfim a família, as pessoas queridas e até os bens. Cada pertencimento nos afasta da real realidade que nos trouxe até aqui, a vida, a Terra. Os fiéis propósitos de tudo isso, se apagam no decorrer de um sentimento errôneo, de posse, sem a compreensão de uma infinita misericórdia, da soberania de Deus sobre nós, simplesmente esquecemos que nada somos e que nada nos pertence.
       Somos fiéis (infiéis) depositários dos bens que Ele coloca nas nossas mãos, que na maioria das vezes nos revoltamos quando Deus vem e tira de nós. Ficamos magoados quando perdemos um alguém muito querido, temos dificuldades em aceitar o tempo do empréstimos e sofremos com o apego, a saudade, a certeza incerta de que era nosso, que nos pertencia.
       É praticamente impossível uma aceitação quando somos nós os perdedores,  principalmente quando o bem foi bem administrado, digo "bem administrado", pois não recebemos nada com defeitos, nós é que arranhamos os produtos (as pessoas), que deformamos, que mutilamos os bens com um amor errado repleto de valores feios e fora  do complexo do amor. Deus não nos entrega um filho viciado, mimado, rebelde, nós é que ensinamos os valores errados, nós é que administramos mal os bens que Deus colocou como nosso patrimônio.
        Nossos pais, maridos, filhos,irmãos, netos, sobrinhos, amigos, casa, carro, brinco, pulseiras, bolsas, enfim nada disso é nosso, é de Deus, Ele pega de volta quando for do seu interesse, o que fica para nós é a certeza de que fomos bons investidores, que tivemos pais maravilhosos, filhos  invejáveis e até um certo conforto material.
         Deus não deu muitos a uns e poucos a outros, nós é que fomos ficando egoístas e tomamos uns dos outros. Esse sentimento de ser possuidor é o que nos leva a matar pais, maridos, mulheres, até mesmo filhos, por acharmos que o outro tem o que é nosso, quando na verdade nada temos, nada levamos, nada somos. Vivemos apenas pela infinita misericórdia de um Pai extremante maravilhoso.
         Então meditando a morte, entendi que a vida é uma passagem onde Deus nos entrega seus melhores bens nas nossas mãos e com a nossa maneira de cuidar deles é que usufruímos da felicidade, da plenitude do amor.

sábado, 17 de janeiro de 2015

BRINCANDO DE AMAR

             Com o tempo aprimoramos os conhecimentos e as atitudes se tornam baseadas na aprendizagem buscada, desejada por cada um de nós.
            Descobrimos um mundo novo sempre que  ampliamos os "horizontes". Somos homens, com sentimentos e perspectivas de melhorar, ou meros zumbis na expectativa  da queda de alguém para podermos ser vencedores.
           Nessa corrida, na ânsia de ter algo sem precisar caminhar, a vida segue no conhecido "trancos e barrancos", sem que possamos ter vivido de maneira digna e benigna.
          O ser humano caminha para o pior de si mesmo, numa dissimulada e corriqueira  vida de falsidades, as amizades já não experimentam aquela sensação de preenchimento do outro, da divisão de experiências, se consolida na triste fantasia da inveja. Pouco se vivencia a  plenitude de ser filho, agora tudo gira em torno de projetos "após pais", até quando um morre, se espera a morte do outro para gastar um só inventário, interessante que ainda não encontrei as regras da morte, em que idade e qual o tempo...então filhos podem partir antes de pais. Hoje o amor não é mais fútil, desprovido de interesses, as pessoas não acreditam mais no sentimento incondicional, aliás ninguém sabe nem o que é amar. É possível compreender a dimensão de que brincamos com o amor, basta observarmos na mídia as charges que levaram pessoas a praticarem o mal para defender suas crenças. O ser humano brinca com Deus, brinca com quem ainda quer viver, sobreviver no amor, brinca apenas para ferir e se sentir poderoso.
           Diferente disso, eu ainda brinco de amar, de buscar o sorriso no outro, de fechar os olhos e me permitir ver as estrelas que brilham no meu coração.
           Não se intimide com a propagação do desamor, simplesmente ame.

sábado, 27 de dezembro de 2014

DESCONHECENDO O AMOR

        Como viver num devaneio caminha o homem na espera de uma dia ser feliz.
        Calculamos nos nossos projetos um amor par, sem nada que o faça ser ímpar, ter momentos que necessitem de nova atuação no cenário a dois.
        Viver um relacionamento perfeito, na nossa ideia de perfeição, é praticamente contraditório ao sentindo do sentimento que queremos ter.
        O convívio com o outro é uma verdadeira batalha de desencontros dos pensamentos, é na medida que eles se encontram, totalizando um novo pensar, é que se concretiza o sublime da ligação, do afeto, é a afeição sobrevivendo as imperfeições um do outro, é o mais completo, complexo, inteiro, o amor que chega, enraiza, se apodera, se arraiga de nós, se aprofundando do mais íntimo, é um querer que entra nas nossas entranhas superando as diferenças, ultrapassando os obstáculos, desmoronando as muralhas, quebrando todas as regras para simplesmente ver  o teu sorriso refletir nos lábios do seu amor.
         Uma sensação acompanhada de cumplicidade, desejo, libido, amizade, se edifica e nada mais pode impedir do amor desabrochar.
         Vivemos em busca disso, mas por muitas vezes ele escorrega entre nossos dedos, pois com a nossa limitação de ser humano, por muitas vezes somos incapazes de reconhecer o amor.
        O  puro amor  não sobrevive na perfeição, na ausência de problemas, mas cresce na proporção que enfrenta as diferenças.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

ENTREGUE AO AMOR

             Pensando  numa maneira de não se machucar, o homem dá seus passos na incerteza do que virá.   O medo se torna mais constante do que a vontade de encontrar o certo, a alma gêmea, o côncavo e o convexo.
             Assim, entre a dúvida, o receio de um novo mais novo do que eu podia compreender, era o início impossível acontecendo na minha história, o que eu jamais admitiria, eu simplesmente paguei para ver.
           Cada dia se tornava mais complicado voltar atrás, sempre que o via, eu me apaixonava mais, isso sem nem mesmo ter me envolvido com ele, mas meu coração me traia, a minha mente dominava todos os meus pensamentos e os sentimentos já pertenciam a ele.
          Como criança me deixei levar na sua experiência, conduzida pelos seus carinhos, cuidada pelos seus mimos, eu me entreguei a um amor que não é meu, a um sonho que romanticamente elaborei, fiz minhas torres em castelos que desmoronariam facilmente, mas mesmo assim eu aceitei viver o amor e vivi.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

HOJE SEI O QUE É AMOR

          Num tímido passo entrei num mundo desconhecido, num novo momento, aliás em um contexto completamente alheio ao conhecido.
          Embarquei talvez no conto de fadas, naquela história sem pé, muito menos com cabeça, incrivelmente fui sugada, como criança  atraída pelo doce, fui de encontro ao incógnito, reluzente vi apenas o encanto da flor.
          Como mágica ele chegou a mim, quebrou minhas regras, inutilizou minhas forças, seduziu os meus sonhos, arrancou meus princípios, se apossou do meu fim, comandou minha história e tomou conta, enfim.
         Imaginei um devaneio, uma fuga da real realidade racional, mas como sombra cobriu o meu corpo, se alojou dentro do meu eu, brincou com os passos e entrou no compasso do ritmo louco que pulsa  dentro de mim.
         Hoje chamo de meu bem, um simples alguém que Deus mandou assim. Os peixinhos o trouxeram e quando me deram me deixaram a sorrir.